“Creio que a formação do indivíduo é contínua e interrupta.”
Sou estudante de licenciatura em Artes Visuais, os caminhos que me levaram a procurar essa formação acadêmica talvez (ou quase certeza), venha de um movimento sutil ainda de “berço”. O Convívio com pessoas que fazem práticas artísticas, dentre elas, pai, mãe, padrasto, irmão e outros, no entanto nunca havia me passado pela cabeça trilhar o mesmo caminho, pois eu “não sabia” desenhar, na verdade eu tinha vergonha, afinal todos eram muito bons, e com isso, não me arriscava a preencher aquele espaço vazio do papel, me sentia coagida e com medo de uma possível rejeição.
A verdade é que quando fui realmente pegar em um lápis para desenhar, uns quatro meses antes da prova de aptidão do vestibular. Lembro-me do quanto eu chorei após a prova. Claro, eu tinha certeza que não havia conseguido! Mas ao ser publicada a classificação dos aprovados no curso, a minha surpresa ao ver que havia conseguido e com uma classificação de 5º lugar. Usando de, Wolney Fernandes de Oliveira, autor do texto: DE CIMA DO PÉ DE FLAMBOYANT PARA A UNIVERSIDADE. Dos absurdos de quem mais aprende do que ensina, no início sentia e pensava como se “O que se repetia pelos corredores da faculdade era: “Eu não sei desenhar”,“Eu não preciso desenhar” ou “Eu não quero desenhar”.” Devo lhes confessar que ainda venho me libertando de tal preconceito.
E graças a essa escolha tive a oportunidade de passar um ano em Portugal, por meio de um programa de intercâmbio na universidade, uma experiência maravilhosa e rica que contribuiu para a minha formação tanto acadêmica quanto como indivíduo, e fez com que eu percebesse uma nova forma de pensar surgindo, sobre a questão das Artes Visuais em sala de aula e a postura de um professor.
Pude assistir uma nova forma de ensinar, nessa visão havia aulas ministradas em museus e galerias, sem ninguém correndo, divagando ou tentando colocar as mãos sob as obras, apenas respeito e apreço do momento ofertado.
Eu espero um dia conseguir ser uma facilitadora do conhecimento das Artes Visuais, partilhar e discorrer de experiências, pois acredito na troca como algo fundamental, para que este seja passado de forma clara e desperte cada vez mais interesse para aquisição de outros.
Acima uma foto minha de 2008 em uma oficina de Argila na Cidade de Goiás.
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